A Polícia Civil de Lages investiga as mortes de Samuel Oliveira de Jesus, de 40 anos; e Elisandra de Oliveira Rosa, de 24 anos. Os destroços do corpo dele foram encontrados no KM-244,9 da BR-116, em frente ao Posto Ampessan, na área industrial do Cidade Alta, em Lages. Populares teriam acionado a polícia.
Ao atenderem a ocorrência de um suposto atropelamento, às 0h03min desta quinta-feira (30) a Polícia Rodoviária Federal (PRF) do posto de Índios e a Polícia Militar (PM) de Lages descobriram que se tratava de um assassinato seguido de suicídio.
Segundo a Polícia Civil informou nesta manhã, Jesus teria ligado para um irmão dele, Noel Oliveira de Jesus, de 35 anos, que reside em Ponte Alta, e dito que matou a ex-esposa e iria se jogar embaixo de um caminhão. Durante o telefonema ele avisou onde deixou seu carro.
Em seguida a polícia confirmou a morte de Elisandra. Ela residia na rua Ari saldanha do Amaral, no bairro Universitário e foi asfixiada. O dado foi confirmado pelo laudo do legista do Instituto Geral de Perícias (IGP), perto das 11h30min (horário em que os corpos foram entregues aos familiares). Acredita-se que Jesus tenha usado um cobertor para estrangular a mulher.
A Delegacia da Mulher suspeita que o casal ainda estava junto. Sem confirmação oficial, o CLMais foi informado de que Elisandra tinha filhos de um relacionamento anterior. O corpo dela vai ser velado em São Joaquim e o dele em Ponte Alta.
O possível motivo que teria levado Jesus a cometer o crime e depois se matar ainda não foi identificado pela polícia. A Delegacia da Mulher só deve começar a ouvir testemunhas nesta sexta-feira (31).
O veículo que atropelou Jesus também não foi localizado. A polícia suspeita que a vítima tenha se jogado sob as rodas traseiras de um caminhão e o motorista nem tenha percebido o que aconteceu. Por isso, não parou para tentar prestar socorro ou chamar a PRF. Jesus teve politraumatismo.
Não é a primeira vez que um crime passional choca a comunidade lageana. Nesta terça-feira (28), o Correio Lageano e o CLMais publicaram matéria sobre o "Mapa da Violência no Brasil", uma pesquisa feita pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americano, que aponta Lages como a cidade catarinense com maior número de homicídios de mulheres.
Foto:Divulgação/Ilustrativa
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