Lages, 22 e 23/12/2012, Correio Lageano
O valor médio da cremação é R$ 3 mil, além das despesas com funeral e caixão. Lages é a 2ª cidade de SC a ter o serviço
Criado como alternativa para o sepultamento tradicional, está pronto para funcionar em Lages o Memoriam Crematório. Coordenada pela Funerária Nossa Senhora do Rosário, a estrutura foi montada na Rua Aristeu Rodolfo, no bairro Bela Vista.
Os crematórios, segundo especialistas, são apontados como a forma mais benéfica para o meio ambiente com relação à destinação dos cadáveres humanos. Até então, Balneário Camboriú, no Litoral do Estado, era a única cidade que dispunha destes serviços.
A funcionária do setor administrativo do Memoriam, Edina Camargo, explica que o empreendimento atende a todas as normas ambientais. “Já recebemos todas as licenças e o crematório pode ser usado”, observa, destacando que a estrutura ainda está sendo melhorada e uma nova sala será construída.
Segundo ela, o procedimento ameniza os efeitos ambientais. Ressalta que, quando a pessoa morre produz chorume e, se o corpo estiver sepultado de forma inadequada, o líquido pode infiltrar no solo, contaminando o meio ambiente.
O engenheiro ambiental Aldori dos Anjos alerta que apesar de a cremação oferecer menos riscos ao meio ambiente, é preciso ficar atento com a emissão de gases e fumaça. “O crematório não deve largar gases e nem fuligem no meio ambiente”.
Em relação ao crematório de Lages, ele observa que o empreendimento deve ter tido comprovado, mediante as licenças ambientais obtidas junto aos órgãos responsáveis, que está dentro de normas estabelecidas.
No caso do sepultamento tradicional, Anjos opina que o procedimento também não traz danos ao meio ambiente, desde que o cemitério esteja de acordo com as normas previstas no termo de ajustamento de conduta firmado com o Ministério Público.
Neste sentido, ele explica que o cemitério deve se comprometer a dar a destinação correta ao “líquido percolado”, uma espécie de chorume, proveniente da decomposição do cadáver. “Esse líquido deve ser neutralizado em uma estação de tratamento”, afirma.
Custos
O custo médio da cremação é de R$ 3 mil, que podem ser parcelados. Despesas com o velório e com urnas funerais ficam a cargo da família. Hoje, o valor de um funeral custa, em média, R$ 2 mil. Se a família optar pelo sepultamento, tem de ter um túmulo. Um lote no cemitério particular gira em torno de R$ 5 mil, fora as taxas anuais. A vantagem do lote é que se pode enterrar mais de um cadáver. Já o valor do túmulo em um cemitério público varia de 1 a R$ 2 mil.
Temperatura de 1.200 graus
Após o velório, o corpo é levado para um câmara fria, onde fica por 24 horas, no mínimo. Antes de ser colocado no forno, cuja temperatura pode chegar a 1.200 graus, são retirados as peças de metal do caixão, como alças adereços.
A cremação dura, em média, duas horas. Em caso de morte violenta, o corpo deve ter a liberação correta do Instituto Geral de Perícias. Assim, o corpo pode permanecer na câmara por até 48 horas.
Depois de 24 horas, o corpo terá virado cinzas. Caso fique algum osso intacto, este é triturado, transformando-o também em cinzas. Após a cinza é colocada em uma urna e entregue à família. Se os familiares optarem, o material pode ficar no crematório guardado adequadamente.
Para que haja a cremação, a pessoa deve ter manifestado a vontade em vida, comprovar a vontade na hora de fazer o plano com a funerário ou deixar o documento assinado reconhecido em cartório. A família também pode autorizar o procedimento.
Foto: Adecir Morais
O valor médio da cremação é R$ 3 mil, além das despesas com funeral e caixão. Lages é a 2ª cidade de SC a ter o serviço
Criado como alternativa para o sepultamento tradicional, está pronto para funcionar em Lages o Memoriam Crematório. Coordenada pela Funerária Nossa Senhora do Rosário, a estrutura foi montada na Rua Aristeu Rodolfo, no bairro Bela Vista.
Os crematórios, segundo especialistas, são apontados como a forma mais benéfica para o meio ambiente com relação à destinação dos cadáveres humanos. Até então, Balneário Camboriú, no Litoral do Estado, era a única cidade que dispunha destes serviços.
A funcionária do setor administrativo do Memoriam, Edina Camargo, explica que o empreendimento atende a todas as normas ambientais. “Já recebemos todas as licenças e o crematório pode ser usado”, observa, destacando que a estrutura ainda está sendo melhorada e uma nova sala será construída.
Segundo ela, o procedimento ameniza os efeitos ambientais. Ressalta que, quando a pessoa morre produz chorume e, se o corpo estiver sepultado de forma inadequada, o líquido pode infiltrar no solo, contaminando o meio ambiente.
O engenheiro ambiental Aldori dos Anjos alerta que apesar de a cremação oferecer menos riscos ao meio ambiente, é preciso ficar atento com a emissão de gases e fumaça. “O crematório não deve largar gases e nem fuligem no meio ambiente”.
Em relação ao crematório de Lages, ele observa que o empreendimento deve ter tido comprovado, mediante as licenças ambientais obtidas junto aos órgãos responsáveis, que está dentro de normas estabelecidas.
No caso do sepultamento tradicional, Anjos opina que o procedimento também não traz danos ao meio ambiente, desde que o cemitério esteja de acordo com as normas previstas no termo de ajustamento de conduta firmado com o Ministério Público.
Neste sentido, ele explica que o cemitério deve se comprometer a dar a destinação correta ao “líquido percolado”, uma espécie de chorume, proveniente da decomposição do cadáver. “Esse líquido deve ser neutralizado em uma estação de tratamento”, afirma.
Custos
O custo médio da cremação é de R$ 3 mil, que podem ser parcelados. Despesas com o velório e com urnas funerais ficam a cargo da família. Hoje, o valor de um funeral custa, em média, R$ 2 mil. Se a família optar pelo sepultamento, tem de ter um túmulo. Um lote no cemitério particular gira em torno de R$ 5 mil, fora as taxas anuais. A vantagem do lote é que se pode enterrar mais de um cadáver. Já o valor do túmulo em um cemitério público varia de 1 a R$ 2 mil.
Temperatura de 1.200 graus
Após o velório, o corpo é levado para um câmara fria, onde fica por 24 horas, no mínimo. Antes de ser colocado no forno, cuja temperatura pode chegar a 1.200 graus, são retirados as peças de metal do caixão, como alças adereços.
A cremação dura, em média, duas horas. Em caso de morte violenta, o corpo deve ter a liberação correta do Instituto Geral de Perícias. Assim, o corpo pode permanecer na câmara por até 48 horas.
Depois de 24 horas, o corpo terá virado cinzas. Caso fique algum osso intacto, este é triturado, transformando-o também em cinzas. Após a cinza é colocada em uma urna e entregue à família. Se os familiares optarem, o material pode ficar no crematório guardado adequadamente.
Para que haja a cremação, a pessoa deve ter manifestado a vontade em vida, comprovar a vontade na hora de fazer o plano com a funerário ou deixar o documento assinado reconhecido em cartório. A família também pode autorizar o procedimento.
Foto: Adecir Morais
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