terça-feira, 29 de abril de 2014

Julgamento de acusado de matar um policial atravessa a madrugada

Júri de acusado de matar um policial atravessa a madrugada
Lages, 30/04/2014, Correio Lageano, por Adecir Morais



Um dos crimes de maior repercussão dos últimos anos em Lages começou a ter seu desfecho. Geovan Brasil de Oliveira, acusado de matar o policial civil Ari dos Santos, foi julgado no Fórum Nereu Ramos nesta terça-feira (29). O júri atravessou a noite e a previsão era de que terminaria apenas na madrugada desta quarta-feira (30).




Presidido pelo juiz Geraldo Corrêa Bastos, o julgamento começou às 10 horas.  A segurança no Tribunal do Júri, onde ocorreu a sessão, foi reforçada. Senhas foram distribuídas ao público e à imprensa para acompanhar o evento.




Primeiro houve a execução de vídeos das testemunhas de acusação arroladas no processo. Na sessão, as testemunhas começaram a ser ouvidas somente à tarde.
Na sequência, houve o interrogatório do acusado, seguido da manifestação do Ministério Público e defesa. De acordo com a 1ª Vara Criminal, onde tramita o processo, a previsão era de que a sentença sairia apenas na madrugada desta quarta.



O crime

O policial foi morto em 27 de junho do ano passado. Além de Geovan, a companheira dele, Maharish Blue do Amaral, também é acusada do crime. A mulher também deverá ir a júri popular, mas recorreu da decisão e o recurso aguarda apreciação do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).



Segundo denúncias, o casal espancou o policial na residência da mulher até deixá-lo desacordado. Após, colocou-o no banco traseiro do próprio carro da vítima e seguiu em direção à BR-116. A ideia dos acusados, pelo que concluiu as investigações, era ocultar o corpo no interior de Correia Pinto, mas o plano deu errado. O casal acabou se envolvendo num acidente e o crime foi descoberto.




O casal foi preso no mesmo dia do crime. Maharish era namorada do policial e mantinha um outro relacionamento com Geovan. A suspeita é que a vítima tenha sido envenenada antes de antes de ser levada à rodovia.



Defesa

O advogado de defesa, Rafael Paes Vieira, afirmou que Geovan não matou o policial. Ele assegurou que seu cliente foi até o apartamento de Maharish e viu a vítima morta com um saco plástico envolto na cabeça. Rafael Vieira garantiu que Geovan não matou, mas tentou esconder o corpo junto com a mulher. Com base nisso, defendeu a tese de coautoria.



Foto: Adecir Morais

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