segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Força Nacional está em Lages atuando junto aos presídios

Força Nacional está em Lages atuando junto aos presídios
Lages, 26/02/2013, Correio Lageano, por Adecir Morais



A PM também está executando ações paralelas nas ruas da cidade para inibir a criminalidade




Agentes da Força Nacional estão em Lages atuando nos presídios regionais. O objetivo principal é prevenir e combater possíveis motins ou rebeliões a partir da transferência de criminosos apontados como líderes do Primeiro Grupo da Catarinense (PGC), que estariam por trás dos atentados em Santa Catarina. Nenhum preso de Lages, contudo, foi removido.



Os agentes estão distribuídos nos presídios dos bairros Santa Clara e São Cristóvão, mas não há informações de quantos estão na cidade. Fortemente armados, alguns podem ser vistos na parte de fora das unidades. Eles ficarão na cidade por tempo indeterminado, segundo o Departamento de Administração Prisional (Deap).




No começo deste mês, como parte das ações para prevenir a violência, foi realizada uma operação “pente fino” no presídio do bairro São Cristóvão. Na ocasião, foram apreendidos dentro das celas diversos objetos ilícitos, como nove aparelhos de telefone celular, carregadores, baterias e chips de telefonia móvel.




Além disso, foram localizados na unidade dois pendrives, 250 gramas de maconha e oito facas artesanais. Todo o procedimento foi acompanhado pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), de Lages. Segundo o Deap, a  operação foi feita “dentro da legalidade, sem quaisquer violações dos direitos dos presos”.




Em Santa Catarina, os agentes federais estão divididos em todas as unidades prisionais, algumas com maior número de soldados que outras. O grupamento conta com aproximadamente 350 homens. Além de ajuda na segurança dos presídios, eles estão auxiliando em atividades de rotina das unidades.



Um total de 40 presos foram transferidos do Estado para penitenciárias federais. Destes, 22 saíram do presídio São Pedro de Alcântara; quatro de Joinville; dois de Blumenau; dois de Chapecó; sete de Criciúma; dois de Florianópolis e um de Itajaí. A transferência ocorreu entre 16 e 19 de fevereiro. Todos são apontados por pertencer ao PGC.



Operação da trânsito



Ações paralelas para combater a criminalidade, que assolam os catarinenses desde o dia 30 de janeiro, também estão sendo realizadas pela Polícia Militar. Em Lages, a PM realizou operações de trânsito nos quatro cantos da cidade.



Durante quatro dias foram abordadas 244 pessoas; 179 veículos, sendo 18 destes removidos, e 78 notificações emitidas. Além disso, 13 pessoas foram conduzidas à delegacia, cinco documentos de carros recolhidos e três carteiras de habilitação apreendidas.



Segundo o aspirante da PM Gabriel Fernandes, as operações resumiram-se, basicamente, em barreiras policiais e varreduras nos 10 setores da Polícia Comunitária. Para ele, o saldo foi positivo.  “Durante as operações não tivemos nenhuma ocorrência grave na cidade”, avaliou, observando que um dos objetivos da ação, também foi aumentar a sensação de segurança da população.



Prisões



A polícia já identificou 178 suspeitos de participação nos atentados em Santa Catarina. Na Serra, onde foram registrados ataques em Lages e Bom Retiro, quatro pessoas foram detidas, sendo três em Lages, indiciados por atearem fogo à base da PM, no bairro Araucária.



Foto: Adecir Morais

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