sexta-feira, 19 de abril de 2013

Prefeitura aposta em baixa adesão à greve



Lages, 20 e 21/04/2013, Correio Lageano



Servidores municipais param nesta segunda-feira e o magistério na quinta.



A Prefeitura de Lages prevê baixa adesão à greve dos servidores. A perspectiva é do Secretário de Administração de Lages, Pedro Marcos Ortiz. Neste semana, os servidores municipais decidiram parar a partir de segunda-feira e os professores a partir de quinta. Dentro do quadro da educação, o secretário acredita que merendeiras e motoristas não devam paralisar as atividades.



De acordo com Ortiz, não há possibilidade de atender à principal reivindicação do Sindicato Municipal dos Profissionais da Educação de Lages (Simproel), que é a reposição salarial de 7,95%. “O município tem o posicionamento de responsabilidade com os números, com a gestão e com os gastos. Os professores exigem o repasse na carreira, que é 7,95%, mas achamos impossível pagar, até porque foi demonstrado que há uma deficiência orçamentária”, comentou.



Uma das principais questões que geraram perdas, de acordo com o secretário, foi a queda de 58% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), afetando a Receita Corrente Líquida. “Dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, existe um limite percentual para o empenho da folha de pagamento. Projetamos o índice em cima de uma receita. Quando a receita não atinge o previsto há um afunilamento desse índice”, disse.



O que é possível fazer, afirma Ortiz, é o repasse do abono salarial proposto, de R$ 122, 00 “Hoje, o que é possível, para ser mais justo com as categorias, foi transformar isso em abono a partir de junho”, avalia.



A proposta busca aproximar o piso e o teto dos servidores, com um empenho de forma permanente e incorporado ao salário em janeiro de 2014. Os servidores municipais, porém, lembram que a última proposta foi rejeitada pelo sindicato.  



Setores essenciais não devem parar



Áreas primordiais, como saúde e limpeza urbana, não devem ser afetados. “Ainda precisamos tomar o posicionamento da Secretaria da Saúde, mas o indicativo é de que não haja paralisação dessas áreas”, afirmou Ortiz.



Foto: Afonso Rodrigues

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