Lages, 19/04/2013, Correio Lageano
Magistério de Lages para na próxima quinta-feira e se soma aos demais servidores que haviam decidido paralisar na segunda
Em Assembleia realizada na noite de quinta-feira (18), o Sindicato Municipal dos Servidores em Educação de Lages (Simproel) decidiu começar greve na próxima quinta-feira. A decisão segue entendimento do Sindicato dos Servidores Municipais de Lages (Sindiserv) que votou na terça-feira, também, pela paralisação.
Para a presidente do sindicato dos educadores, Silvana Lucena, a categoria esgotou as possibilidades de acerto com a prefeitura de Lages. “Aguardamos um retorno, o que não aconteceu. Na última segunda-feira, recebemos o documento que não atendeu ao que esperávamos. O sindicato tentou a conciliação”, disse.
Na tarde de ontem o Simproel recebeu novo ofício da Secretaria de Educação nos mesmos termos daquele recebido pelo Sindiserv, que oferece abono de R$ 122,00 a partir de junho de 2013. A medida valeria para todas as categorias, menos aos comissionados.
A categoria teve que decidir entre duas possibilidades: votar pelo início da greve ou decidir pela judicialização da causa, o que acabou não ocorrendo. A principal reivindicação do sindicato é o reajuste de 7,97 % na folha de pagamento.
“Essa proposta generalizou todos os servidores da cidade”, comentou, com indignação, Silvana.
Ainda não foi decidido como será a convocação dos servidores ou mesmo onde ocorrerá a mobilização dos grevistas. A secretária de Educação de Lages, Marimília Coelho, espera uma comunicação oficial do sindicato para se posicionar. “Hoje foi feita a proposta do abono salarial, e sempre estamos abertos à negociação”, afirmou.
Prefeitura rebate
O secretário de Administração, Pedro Marcos Ortiz, argumenta que, para a maioria dos servidores o abono representa mais do que o reivindicado pelo sindicato. “Para aqueles que ganham salário mínimo, o aumento real seria de 28,61%, considerando-se os vencimentos do mês de dezembro de 2012”, exemplificou. “É claro que para quem ganha R$ 10 mil, o abono não representa muito, mas o fato é que 82% dos servidores ganham até R$ 2 mil, mais R$ 210 em vale-alimentação. Essas pessoas seriam as mais beneficiadas. Estamos tentando construir novas políticas para diminuir as diferenças entre o maior e menor salário”, explicou.
Foto: Afonso Rodrigues
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